A obra retrata uma jornada íntima de confrontação e transformação.
Inspirada por um sonho, a artista revisita a imagem de uma menina aparentemente em busca de socorro, uma figura cuja identidade gradualmente se confunde com a da própria criadora. O emaranhado entre o eu e o outro reflete a dualidade entre passado e presente, revelando a agonia de revisitar memórias dormentes e a necessidade visceral de desconstruir o que já foi, para, dolorosamente, libertar-se. Através desse processo de acolhimento, surge a esperança de um renascimento, simbolizando a força criativa de deixar florescer algo novo, mesmo no terreno devastado pelo que já passou.